Mas foi por pouco tempo
Segunda Guerra Mundial. As tropas americanas estavam divididas entre a guerra no Pacífico e na Europa. As motocicletas já haviam garantido seu espaço na guerra graças a agilidade para atravessar terrenos acidentados. Eram as mais utilizadas por mensageiros para passar os recados entre uma tropa e outra. No calor do Norte da África, as tropas Americanas e aliadas travavam uma forte batalha contra o exército alemão, ou melhor contras os Inimigos do Eixo. Uma força unida entre as forças nazistas, italianas e japonesas.
Operação Torch, uma ação conjunta do exército americano, inglês e também da resistência francesa além das forças Canadenses, Holandesas e Australianas comandados pelo General Dwight Eisenhower e também pelo General Patton.
Durante essa operação, as forças nazistas aumentaram seu domínio no território Algeriano graças as poderosas BMW. Sim, as motos eram os maiores transportadores de soldados pelo território.
Com temperatura batendo os 38 graus Celsius as motocicletas estavam sofrendo para fazer a sua função. Motor fervendo, óleo afinando e consequentemente, motor parando. Sem contar os trechos de areia muito fofa que acabavam por destruir a relação (correntes eram castigadas nestas condições). Mas tinha uma moto que encarava todas essas adversidades e cumpria a sua missão. A BMW R71 e R75. Tanto a flathead R71 como a overhead (válvulas no cabeçote) R75 dominavam os terrenos e as temperaturas hostis do Norte da África ao contrário das motos das forças aliadas.
Com o motor Boxer de 2 cilindros contrapostos e transmissão por eixo cardã, a moto desbravava o terreno e chegava no destino.
Vendo a performance das alemãs, as Forças Armadas Americanas pediram para a Harley-Davidson e Indian produzirem motocicletas que tivessem a mesma performance. Utilizando engenharia reversa a partir de uma BMW R71, a Motor Co. desenvolveu a XA (Experimental Army). A moto americana tinha as mesmas características que a alemã. Motor Boxer flathead com 2 cilindros contrapostos, boa altura do solo e transmissão por cardã.
A Indian também desenvolveu seu modelo Indian 841 mas a Harley-Davidson era
praticamente uma cópia perfeita da alemã. Foram produzidas 1011 unidades da XA e a moto nem teve tempo de se estabelecer como uma forte guerreira porque logo na sequencia a Willys desenvolveu o Jeep. Um veículo forte, que encarava (e ainda encara) qualquer terreno tendo mais velocidade e capacidade de carga. Mas a XA ficou na história. Não só por ser um projeto em que a Harley-Davidson copiou uma BMW, mas também pelas poucas unidades produzidas e o mais curioso, por ter que aceitar que o projeto alemão era mais confiável e de manutenção mais simples. Seria a XA o embrião do que é a Panamerica hoje?
Valeu seus Lo.Co.! #sigaloscondes
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